quarta-feira, 18 de junho de 2008

A Terapia das "Vidas Anteriores".


A solução dos problemas desta vida pode estar em vidas passadas.
Alguns psicanalistas pioneiros na parapsicologia vêm pesquisando o campo da reencarnação como fonte e causa dos problemas que afligem pacientes no presente. Muitos traumas e desajustes se originam no passado, mas continuam a ter seus efeitos no dia a dia das pessoas.

Estas investigações, levadas a cabo por pesquisadores sérios e respeitados, são realizadas com o auxílio da Hipnose, sem a qual não seriam possíveis.

Classicamente, os estágios pelos quais passam os sensitivos são esses:


a) Regressão à adolescência.

b) Regressão à infância.

c) Regressão ao útero materno.


Este é o método tradicionalmente usado. Entretanto, surge agora uma nova escola que avança mais com a regressão, aprofundando- a, fazendo com que o paciente visite uma "encarnação" passada em busca das origens de suas inquietações no presente. Vale salientar que os seguidores dessa corrente acreditam na reencarnação e nela se fundamentam. Estas vidas passadas deixaram cicatrizes causadas por traumas, levando as pessoas à neurose, desajustes sociais, doenças psicossomáticas e tantos outros males psicológicos. As lembranças calcadas no passado levam os pacientes a vivenciá- las presentemente e, na maioria das vezes, ficam sem explicações pela ciência oficial, que, no máximo, atribui estes comportamentos anormais à traumas de infância.

Vejamos o caso de Shirley Riser, com trinta anos de idade, sofrendo de enxaqueca crônica, sem causas reais diagnosticadas por médicos e psicólogos. Em transe hipnótico, Shirley se viu em Cheyenne, Wyoming, Estados Unidos. Era garçonete do Cheyenne Saloon e chamava- se Jessica Ann Andrews, filha de fazendeiros e amante de um tal John Barry, falecido na Batalha de Little Big Horn, em 1876, juntamente com o lendário coronel Custer.

Ao narrar estes acontecimentos, os olhos de Shirley Riser encheram- se de lágrimas, e então falou de sua morte em 1882, no saloon, onde trabalhava:

-" Houve uma luta e um dos tiros disparados me atingiu na cabeça. Entrou pelo lado direito e saiu pelo esquerdo. Não senti dor,só um calor, e morri."

Então Shirley ainda se prendia à vida de Jessica por causa de John, seu amado morto na batalha. Daí o tiro continuar doendo, agora em forma de enxaqueca, lembrando- lhe John Barry.

Quem não acredita na imortalidade do Amor, pode ir tratando de rever suas certezas, pois os românticos podem estar com razão ao acreditar que ele não fenece jamais; transcende a própria morte.

Um jornalista incrédulo resolveu investigar o caso e descobriu a existência passada de um John Barry no exército de Custer. Evidentemente, existem outras teorias para explicar o episódio, fazendo com que a doente tivesse acesso à memória de fatos ocorridos num passado distante, impossíveis de serem conhecidos a níveis de consciência. Vejamos algumas destas teorias, ainda longe de serem teses definitivas:


1) O fenômeno seria realmente a reprodução de uma outra vida. Shirley Riser teria narrado fatos vivenciados pessoalmente por ela, e não acontecimentos impessoais arquivados em sua memória. Esta é a escola reencarnacionista.

2) Para os russos, muito avançados em Parapsicologia, mas que não utilizam esse nome e sim Psicobiofísica, o fenômeno seria explicado pela " memória genética " ou " herança cromossômica ". Shirley teria reproduzido a vida de um ancestral seu. A genética afirma que uma molécula de DNA não só abrange os detalhes biológicos dos ancestrais de uma pessoa, mas também suas experiências passadas. Assim, um gene não apenas transmite a um neto os olhos de seu avô, mas igualmente transmitirá alguns registros de sua memória. O cérebro de uma pessoa não armazenaria somente o que vivenciou, mas seria uma obra completa da memória armazenada de todas as duas gerações, da família inteira.

3) A teoria psicológica recorre a hipótese da "catarse por simbolismo". Catarse seria a libertação de tensões. Shirley teria projetado seus desejos recalcados, realizando anseios de seu próprio inconsciente.

4) Para Jung, o que ocorreu foi uma comunicação com o "inconsciente coletivo", uma realização arquetípica. Segundo ele, tudo o que ocorre com uma pessoa fica impresso neste "inconsciente coletivo" imenso e a paciente teria entrado em sintonia mental com a garçonete, morta com um tiro na cabeça no saloon de Cheyenne.

5) Jung ainda revela outra hipótese, afirmando que poderia ter ocorrido uma "sombra", espécie de outra personalidade escondida no interior da nossa própria. Shirley teria como sombra Jessica Ann Andrews. Por essa teoria, as regressões de memória dão oportunidade ao aparecimento da sombra e a sensitiva teria vivido tantas vidas igual ao número de sombras que tivesse. Encaixa- se o caso de "Sybil", o mais famoso caso de múltipla personalidade tratado pela Psicanálise. Sybil possuía dezesseis personalidades diferentes.

6) Existe ainda a possibilidade de ter havido a "telepatia retrocognitiva" ou seja, quando a sensitiva (Shirley) teria se projetado ao passado pelo poder do pensamento, cuja velocidade (sic) é superior à da luz. Einstein explica ! Segundo ele, em sua teoria da relatividade (sic), um corpo que viajasse acima da velocidade da luz ( mais de três milhões de quilometros por hora ) romperia a barreira do tempo, hipoteticamente, e poderia voltar ao passado ou avançar no futuro. A paciente teria captado todo o drama vivido pela garçonete ao se projetar no passado.

7) Por fim, a teoria "espiritual". Um espírito desencarnado teria entrado em sintonia com a paciente e, através dela, narrado a história de sua vida e de sua morte.


Estas são as principais teorias que visam explicar a "regressão à vidas passadas", fato que não pode ser negado, nem alienado dos círculos científicos. Novos acontecimentos vem juntar- se à herança cultural do Homem, surgem novos indícios, a técnica avança rapidamente rumo ao futuro e o psiquismo terá que se igualar ao progresso. Cabe ao pesquisador buscar maiores informações em todos os campos que puder, num enriquecimento próprio para poder proporcionar o melhor de sí àqueles que o procurarem com seus males e desencantos.

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