tag:blogger.com,1999:blog-5443156643004458645.post2803190122264211479..comments2023-12-21T04:13:50.967-08:00Comments on Roberto de Lorena: O PRAZER E A CULPA.Roberto de Lorenahttp://www.blogger.com/profile/05578698063920665662noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-5443156643004458645.post-29761951308760083172011-04-17T10:34:54.775-07:002011-04-17T10:34:54.775-07:00O Contardo Calligaris analisa bem estes aspectos q...O Contardo Calligaris analisa bem estes aspectos que você tão bem detalhou.<br />O medo que se instalou, foi muito maior que a fé, e ainda o é.<br />Sempre então, aqui no Ocidente, após o prazer, vem a danada da culpa. Mas, o ser humano é hedonista, adora um prazer.<br />Que atire a pedra quem não gosta de uma boa comida, uma boa bebida, um passeio ansiado, o amor bendito, a música, a poesia, o cinema, os livros, enfim, tudo o que nos faz bem e contenta.<br />É próprio do humano, tudo isso.<br />Apenas nos esquecemos...Roberto de Lorenahttps://www.blogger.com/profile/05578698063920665662noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5443156643004458645.post-53513573261806593342011-04-10T17:19:05.225-07:002011-04-10T17:19:05.225-07:00“O que o Cristianismo criou? O medo da vida, o hom...“O que o Cristianismo criou? O medo da vida, o homem amedrontado, a esperança no nada, o desacreditar no homem e em suas forças; negou a vontade e a vida. Para o homem ser feliz, ele tem que se abdicar de seus pensamentos, de sua vontade, de seu querer e poder. O homem não pode ser feliz na terra; ele há que ser feliz noutro plano, noutra dimensão futura. Ora, o homem, então, está e sempre esteve condenado, purgando seus ‘pecados’, atado a si em penitência; o homem tem que pagar, tem que honrar seus débitos. Mas que débitos? E que culpa? De ser homem, de querer superar-se, de pensar, de ser ele e não precisar de forças superiores ou de controles invisíveis que o governem ou rejam a sua existência. Quão teatral é a vida! E no palco, todos somos atores ruins, pois o interesse não está aqui, está no depois. Todos estamos em teste, somos projetos; estamos sendo avaliados, perscrutados. Que delírio persecutório mais doentio! Que certeza patogênica! Quanta ditadura! Se não somos nada, qual o porquê do depois? Tornamo-nos algo desinteressante, algo não verdadeiro. É essa a negação da vida, a negação do homem; assim se adoece, se enlouquece o homem, e se diminuem as suas forças. O niilismo aqui impera. ‘Crê que não és nada, pois o paraíso virá e salvar-te-á.’ ”<br />Um olhar mais atento na realidade atual pode nos mostrar que os prazeres e os desprazeres da vida mudaram, no entanto, a essência do sentimento de culpa, isto é, sua capacidade de mutilar a vida e a alegria do aqui-e-agora em detrimento de uma vida eterna, continuam vingando, fazendo vítimas e sepultando pessoas. Vemos isso com freqüência em nossa sociedade predominantemente religiosa: o desejo sexual reprimido retornando em forma de neuroses; a violência contra a mulher e as crianças; os sacrifícios de animais que lamentavelmente ainda são praticados como forma de redenção; a culpabilização do corpo e da vida material enquanto algozes da moral cristã, etc. – Além da terrível e brutal esterilização de pensamentos questionadores dos dogmas, implicando em autopunições danosas ao fiel que “ousar” se perguntar quanto à veracidade de seus valores. <br />As formas que o sacrifício e a flagelação podem assumir irão variar de acordo com os graus de fé e submissão.Anonymousnoreply@blogger.com