
Alexandre Nardoni é um daqueles indivíduos que a Psicologia rotula como "Pessoa Borderline", sujeitos que transitam, "ziguezagueiam", na fronteira entre o normal e o patológico, uma tênue linha, da espessura de um fio de cabelo.
Não é louco. Faz de louco.
São esquisitos, a ponto de se casar com duas mulheres, ambas de nome "Ana Carolina".Coincidência? Destino? No mínimo estranho...
Como Caetano Veloso bem disse: - "De perto ninguém é normal...", temos lá os nossos "traços neuróticos", mas não somos neuróticos, pelo menos a maioria...
A diferença entre Neurose e Psicose?
O neurótico imagina castelos de areia.
O psicótico mora num castelo de areia.
E o psiquiatra cobra aluguel de ambos.
E ser neurótico não é tão surreal no mundo conturbado em que vivemos, violento, injusto, doido, que para sobreviver nele é necessário uma certa dose de loucura...
Ser neurótico nem é tão grave assim... Houve um que chegou a ser Presidente da República no Brasil. Governava por bilhetinhos que enviava a Deus e o mundo, que proibiu o uso do biquine nas praias brasileiras, a briga de galo e o jogo do bicho, três paixões autênticas dos brasileiros. Virou motivo de piadas...
Renunciou intempestivamente, alegando "forças ocultas". E foi visto murmurando: -"O povo...cadê o povo?". Acabou exilado. Mais tarde foi eleito Prefeito de São Paulo, pelos dígnos eleitores...
Aterrisando de novo no caso Nardoni, Alexandre não tem apegos emocionais relevantes, não tem e nem procura calor humano, poderia ou não ter matado Isabella Nardoni. Matou porque a ocasião se fez. Foi contrariado, ou contrariaram uma das suas Anas Carolinas, a Jatobá...
São sujeitos limítrofes esses seres, não podemos nem dizer humanos, falta- lhes estofo, conteúdo, falta alma.
Lamentavelmente, existem muitos Alexandres Nardonis por aí, e pobres Isabellas inocentes também.
A repercussão que o caso teve, foi porque a mídia o elegeu em meio a tantas tragédias que assolam o momento, no Brasil, no mundo. Vejam o caso do ex-médico chinês que esfaqueou e matou oito crianças na porta de uma escola. Barbárie insana e animalesca, que nos perdoem os animas.
Leonardo Da Vinci, escreveu: "Chegará um dia, em que o homem conhecerá o íntimo dos animais, e neste dia um crime contra um animal... será considerado um crime contra a humanidade!" Estamos muito distantes deste dia contudo, pois nem um crime inominável contra um ser humano, consegue ser evitado.